01/13/22 em Para ler

O horroroso primeiro lugar

Brasil no topo do pódio.

Medalha de ouro em mortos por covid-19 durante a semana passada: 6.821.

Medalha de ouro em novos casos de covid-19 durante a semana passada: 151.000.

Medalha de ouro em novos casos de covid-19 no dia 31 de maio: 33.274.

Ouro de tolo, obviamente. Duplamente tolo, porque os ingênuos acreditaram que isto que aí está seria um governo e porque só um bobo acreditaria que estes números oficiais dão a exata dimensão da realidade. Não dão, pois subnotificados estão. Com nossos 498.440 casos totais continuamos em segundo lugar no ranking macabro, atrás dos EUA. Mas escrever um parágrafo, ou alternar a fonte onde se busca a informação (o site Worldmeters em https://www.worldometers.info/coronavirus/ ou a página em inglês da OMS em  https://covid19.who.int/region/amro/country/br), produz um efeito similar à observação de Adoniran Barbosa: “num relógio é quatro e vinte / no outro é quatro e meia / é que de um relógio pro outro / as hora vareia”.

Varia ou vareia, neste mingau já entrou areia. Esta é a trozoba com a qual o presidente e seus ministros terão que lidar, queiram ou não. Esta é a pica do tamanho de um cometa que está sendo enterrada no desgoverno atual, aceitem ou não. Já está claro que o Ministério da Saúde havia elaborado um plano de ação antes de a OMS declarar a pandemia, plano que foi sabotado deliberadamente pelo desgoverno boquirroto. E na sua inépcia, o desgoverno conseguiu nem evitar a pandemia nem ajudar a economia, dando uma nova releitura ao ditado matar dois coelhos com uma cajadada só – para um governo que arrota provérbios bíblicos como normas de atuação e fala em destruir antes de construir, há que se notar o ‘imprecionante’ feito semântico.

Movimento Estamos #JUNTOS

Assine o clipe cabeceira

Novidades da Cabeceira para você: breve, leve, bem humorado e informativo.